O Arlekim

uma forma de troca de idéias

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" Eu prometo que vou lhe retribuir tudo o que você faz e representa na minha vida..."

quarta-feira, abril 26, 2006

Mãos soltas

Ainda que seja a mais tenra forma de se pensar,
hesitamos muito no fator amar
e perdemos a noção do incerto e do injusto
quando vemos que não sabemos o custo

e embora nunca se saiba realmente
o que temos pela frente
tentamos nos predestinar
a nunca deixar de mudar
nossas próprias resoluções
sobre desvarios e paixóes

ainda que nada seja impróprio ou inglório
e eu suponho que o metodo é satisfatório
sei que posso modificar o interior
se conseguir atingir o verdadeiro amor

mas o que é que tenho que fazer...
para poder te convencer?


Walter Sete

domingo, abril 09, 2006

Rosa

Composição: Pixinguinha, Otavio de Sousa

Tu és divina e graciosa, estátua majestosa
Do amor, por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor de mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração, junto ao Meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz do arfante peito teu
Tu és a forma ideal, estátua magistral
Oh alma perenal do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela, és mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão se ouso confessar-te, eu hei de sempre amar-te
Oh flor, meu peito não resiste
Oh meu Deus, o quanto é triste
A incerteza de um amor que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia ao pé do altar
Jurar aos pés do Onipotente em preces comoventes
De dor, e receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer de todo fenecer


para a minha linda Rachel Amarante Sete

quinta-feira, abril 06, 2006

Todo o sentimento - Chico Buarque

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo
Da gente
Preciso conduzir
Um tempo de te amar
Te amando devagar
E urgentemente
Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo o sentimento
E bota no corpo uma outra vez
Prometo te querer
Até o amor cair
Doente Doente
Prefiro então partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente
Depois de te perder
Te encontro, com certeza
Talvez num tempo da delicadeza
Onde não diremos nada
Nada aconteceu
Apenas seguirei, como encantado
Ao lado teu