Quimeras - Zero

Sem caminhos pra seguir
Na incerteza de chegar
Quem decide por partir
Só pensa em procurar
Um futuro com alguém
Não importa o que passou
Já nem se lembra mais
Quer é recomeçar

Tantas vidas pra viver
Tentando se encontrar
Tantas coisas por fazer
Pra se purificar
Não consigo mais sonhar
Já me basta o que vivi
Sofrendo ao desejar
Quimeras que não consegui

Deuses do além
Duendes do ar
Anjos do bem
Vão te mostrar uma luz maior
Capaz de convencer
Que um mundo bem melhor
Existe em você
Só pro seu prazer


Uma luz maior
A força e o poder
Sangue e suor
De quem te fez viver
Hoje eu sei porque
Eu não vou mais fugir de mim

Onde Levei Horas Observando Sonhos

...Procuro, e não vejo...
...um anseio mesclado dentro de minha própria loucura, e encantado entendo que não consigo compreender nada que a minha volta se apresenta...
...Eu quero e não percebo...
a minha alma se esquece de entender o que, no mundo, se dissolve. E perco a intuita vontade de viver intensamente tudo que sonho...
E sigo procurando em minhas próprias resoluções, a pequena mas preciosa solução, para tudo que tenho como dispersão...
...Acho que vivo em torno de mim, e assim tento perceber o que não entendo em ninguém, encantado com a cor da imagem que frisa minha ilusão. Eu que não acreditava, agora vejo que não existe nada que seja tão intenso do que eternizar meus desejos em letras...
...E ouço algo dentro de mim murmurar, como se desejasse sagradamente invadir sua mente e descobrir o que pensas sobre o que estás lendo agora, sem distúrbios de consciência ou timidez, apenas o sentimento tal qual ele nasce, através de um espanto do silêncio, ofuscado pela resplandecência do que você representa...
...Como um vilão que teima em ser perverso para não perder o papel principal, eu insisto em me dedicar a admirar tão intensos e hipnotizantes olhos, que me intrigam com seu mistério de saber invadir meus desejos, com apenas um toque de instinto e uma pitada de malícia, em me observar como se estivesse sempre presente, mesmo na ausência da imagem...
...O que eu precisamente definiria como total cumplicidade entre duas pessoas, fica resumido ao instante místico do encontro de olhares, displicentemente se confessando, sem utilizar palavras, apenas e unicamente se dispondo do aroma do sentimento que entorpece as duas almas, fazendo-as sintonizar o abstrato de tudo que a atmosfera do ambiente permite e deseja...
...E eu julgo afirmar que, embora seja minha a total ausência de formas e sentidos, prefiro assim colocar idéias a serem energizadas e retransmitidas, por estes elementos que primeiramente terão a honra de se privilegiar com estas palavras...

...os olhos...

Walter Sete

O cara

Release

Esquete: Leve Desespero
Autor: Walter Sete

Release: “Os questionamentos sobre dúvidas que exprimem os desejos de definição de algo na vida, expressos numa carta recebida pelo próprio personagem que a lê, usando canções favoritas como pano-de-fundo para a ênfase dada à carta.

Leve Desespero é o resumo de cada um de nós, que queremos sempre detalhar com fidelidade, cada uma das polaróides tiradas dos nossos sentimentos, numa duração delicadamente preparada para a oportunidade, embora nunca tivesse tido tempo predeterminado para os acontecimentos...”

(...ou uma boa oportunidade para repensar...)








Walter Sete