O Arlekim

uma forma de troca de idéias

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" Eu prometo que vou lhe retribuir tudo o que você faz e representa na minha vida..."

quarta-feira, novembro 30, 2005

na ponte metálica

segunda-feira, novembro 28, 2005

Confissão

queria te dizer,
que penso em você.
todos os dias,
que o sol irradia;
todas as horas,
que o segundo demora;
queria isso tudo esquecer,
buscando um não sofrer;
mas esqueço de lembrar,
que sonho todo o amanhecer...

...estar junto com você ao luar...


Walter Sete

quarta-feira, novembro 23, 2005

Leve Desespero


era fraco ou forte? foi pro Sul ou pro Norte?
refletido ou distorcido? morto salvo ou ferido?
doce ou amargo? estreito, médio ou largo?
atento ou distraído? curto ou comprido?
era baixo ou alto? tenor barítono ou contralto?
novo ou velho? oxigênio ou gás hélio?
quente ou frio? ar, terra ou pelo rio?
era claro ou obscuro? cerca, arame ou pelo muro?
sinfonia ou canção? pendurado ou pelo chão?
timidez ou determinação? mera luz ou escuridão?
detonador ou pavio? era simples ou sombrio?
ganho ou conquistado? disperso ou apaixonado?
barulhento ou mouco? semi-tonado ou rouco?
mímica ou grito? tava cru ou frito?
seco ou molhado? prá frente ou pros lados?
com estampa ou listrada? estava liberta ou enjaulada?
reflexo ou invisível? normal ou impossível?
madeira ou vidro? preto e branco ou colorido?
foi ganho ou conquistado? disperso ou apaixonado?

não sei...

só sei que me levou....

Walter Sete

segunda-feira, novembro 21, 2005

Nicanor

Sou como um palhaço

coração partido
amor perdido
sorriso de aço

ando sozinho
sem carinho
sem teu abraço

um jovem vadio
corpo esguio
cheio de cansaço

sonho de dor
paixão sem amor
pobre palhaço

"não entendo a vida e a morte,
se você morre, vive
se você vive, morre
se você deixa morrer, é vilão
se você deixa viver, tem perdão
se você morre, é lembrado
se você vive, é humilhado
se você vive, ama
se você morre, ninguêm reclama"

Walter Sete

domingo, novembro 20, 2005

"O vento frio bate, a lágrima cai..."


Enquanto observei aquele avião subindo, tive a sensasão de que, em pouco tempo, a angústia tomaria conta do meu coração...

Nunca prevemos uma separação, principalmente, se quem parte está indo voluntariamente e contra o que o destino está impondo. Tudo aí fica descoordenado e a certeza de que a felicidade é algo inalcançável, passa a ser evidente ou constante de acordo com o variado estado de espírito.Aos poucos caminho em passos irracionais em direção a um lugar indefinido, pensando apenas em como dar rumo aos meus planos, sem o apoio tão imprescindível nos momentos em que julgava ser tão fraco.
Sigo até o ponto de ônibus e os minutos de espera fazem com que eu reflita sobre o que poderia ter aproveitado. É nessas horas que percebemos o que estava próximo e nunca conseguimos enxergar, talvez por sermos dotados de ambição e prepotência, e nunca sabemos medir a consequência dos atos que determinam o rumo da vida.
O ônibus chega, e o trajeto mostra lugares ótimos para serem aproveitados em momentos variados, mas que nem foram explorados em razão da monotonia imposta pela rotona, sempre inoportuna nos momentos a dois.
A saudade aperta ainda mais quando vejo algo como o nome, o rosto ou um gesto casual de alguma pessoa, que me faça lembrar que quem partiu sem previsão de retorno é alguém que faz parte de nossa vida e que, embora às vezes, estejamos de algum modo chateados com a atitude ou os desvaneios, sempre estamos prontos para dividir segredos, ouvir confidências e partilhar felicidades...
Em certo momento do trajeto, decido descer do ônibus ao avistar uma praça arborizada e sinto que posso ter uma boa oportunidade de repensar certas atitudes mesquinhas e reverdecisões impensadas.Sento-me na sombra de uma arvore florida e o perfume que ela emite lembra algo angelical, que remete aos tempos de criança, quando sabíamos o que queríamos mas não possuíamos força para executar, e sinto falta dessa irresponsabilidade infantil, de estar distante da obrigatoriedade do sistema, onde temos que ser corretos, justos e sinceros.
Lembro dos seus questionamentos, julgando me proteger, sinto falta da variedade de desejos,
do não que na verdade é um sim, e da sua proteção como se eu fosse um filho único ainda pequeno.
Mas vejo que você também me compreende até quando era imcompreendível entender, me entende ao dar meia volta após uma discurssão boba, entende o colapso de discordar das atitudes impensadas.
Tenho saudade da abertura de fechadura quebrando o silêncio ansioso pela chegadada pessoa querida, enfim, sinto saudade do abraço apertado após um dia inteiro de complicações....

"o perfume das flores, imensas formas delicadamente feitas para nos hipnotizar, me entorpecedando a sensação de que estás aqui, ao meu lado, me tirando o fôlego com a suatão indispensável presença, e me fazendo acreditar que te amo mais que ontem e muito menos que amanhã..."

("O vento frio bate, a lágrima cai")



Walter Sete

quinta-feira, novembro 17, 2005

Vazio, Ansioso e Deprê

Se ela te amasse...
não duvidaria de tudo
que ouviu de você

Se ela te amasse...

acreditaria no desespero
de omitir uma incerteza
com o temor de te perder

Se ela te amasse...

não hesitaria em te encontrar
em todos os momentos da vida
que puder viver

Se ela te amasse...certamente te diria inconfundível

os instantes amorosos
que pode ao teu lado ter

Se ela te amasse...

nunca desperdiçaria nenhum momento
com dúvidas sobre seu bel prazer

Se ela te amasse...

não se distanciaria com tanta imprecisão
só para deixar seu coração


Vazio, Ansioso e Deprê

Walter Sete

terça-feira, novembro 15, 2005

Tudo ao mesmo tempo agora


Tudo ao mesmo tempo agora

(click!)

O sorriso indeciso era a ilustração do pensamento disfarçado:

“ isso tudo deve ser obra do incoveniente passado...”

É estranho como as pessoas abordam o distanciamento com atitudes diferentes, variando do grau de favorecimento que lhe é apresentado:

“ e eu só queria saber se estava tudo bem com ela...”

O silêncio que tomou conta do lugar transmitia um release de tudo que tinha acontecido, desde o dia em que a conheci até aquele instante, onde percebi que talvez tudo poderia ter sido ao acaso, e que era melhor deixar de lado essa ausência, e seguir minha vida...

Mas o engraçado é saber que sou sempre cobrado, por estar um tanto distante de todos, ao mesmo tempo, tenho um universo próprio, que sempre está em constante evolução ou destruição,(depende do que estiver manipulando ele) e que por isso, mantenho uma certa privação de tudo, para tentar assim encaixar melhor, as peças que estavam descartadas das minhas escolhas.




Hoje, talvez eu saiba que o real sentido obtido de tudo que nos parece tão omisso é, na verdade, aquilo que mais nos restringe, em relação ao que buscamos e idealizamos, tanto interna quanto externamente, e isso possa ser o principal motivo, para que sempre nos baseamos no passado, retratado e disfarçado, que manipula nossos hormônios.

O telefone toca, quebrando o instante telepático entre o silêncio e o homem, aquilo que chamamos de tranqüilidade.

Me encaminhei até o aparelho, talvez me sugerindo que a pessoa que solicitava atenção do outro lado da linha, não fosse a mesma do ato remorso de minutos atrás.

Peguei no aparelho e a voz que o gancho emitia, tinha uma mistura de ansiedade, desespero e desabafo, a respiração forte, rápida e desconexa aliada à voz, dava o tom quase imediato de pedido de sobrevivência...

Segurei o gancho com extrema frieza, dei um sorriso meio tímido que expressava vitória, e que se transformou em alívio, quando olhei pro telefone e....

(click!)

Walter Sete

Para cantar

"...se durmo, sonho. Se sonho, acordo. Se acordo, a foto. Se fecho os olhos, o perfume. Se não respiro, a canção. Se meu coração acalma, a reclusão. Se estou recluso, o repouso. Se consigo repuosar, durmo..."
Walter Sete

segunda-feira, novembro 14, 2005

Outono

Então, perdido num vão
então acaricio o chão
em vão, mas sei que não
me tornarei cão por cada razão
que a minha emoção deixou então
mas vivo ou não subo num avião
alimentando o pão amargo da solidão

"Vivemos em heresias,
hipocrisias e fantasias,
achando fácil nos alucinar,
do que tentar a vida enfrentar.
A verdade foi feita prá ser dita,
e a mentira prá ser divulgada,
sou um menino insano,
que pede perdão pro que sente.
Embora um acidente,
viesse a acontecer,
prazer de morrer ao teu lado,
seria meu..."

Walter Sete
sou um menino insano